segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vira-casacas ou o raio que as parta

Detesto pessoas vira-casacas. É das coisas que menos suporto e tenho pessoas assim no meu círculo de conhecidos e na minha família. E não falo obviamente de mudar UMA vez de opinião sobre alguém, ou porque não se conhecia bem, ou porque houve um mal entendido. Falo sim de mudar de opinião como quem muda de cuecas. Essa minha conhecida, a C., já me falou tão mal de tantas pessoas tantas vezes. Tantas quantas mudou de opinião e disparava corações e "Adoro-te" em todas as direcções. «Ouve a sério, aquela? Aquela pra mim morreu..
depois de tanto que eu fiz e ela faz esta merda? Pra mim chega, não dá!». E umas semanas depois «opa olha já estamos mesmo bem...ela pediu desculpa, já está tudo bem!». Mais umas semanas depois «Adoro-te tanto, és a maior <3». Escusado será dizer que ao primeiro contra-tempo já está a deitar mais veneno que uma cobra.
Para os homens a coisa era a mesma: «Aquele filho da p$#&, cabrão do c%&%$#, deve ter a mania que é bom só pode, eu gostava muito dele mas gosto mais de mim.». Semanas depois «Aiii...a sério, eu percebo-o tão bem..é tipo a minha alma gémea...já passamos por tudo..A sério, eu quero arriscar ele é o tal!!» and so on. Semanas depois, era o mesmo fim que com a amiga.
E ao dizer isto sei que poderei ser uma das "amigas", que se não dá notícias é uma cabra, se diz algo já é a melhor amiga do mundo. Comigo isso não dá. Pronto. Prefiro ser uma colega/conhecida.

1 comentário:

Nuno disse...

Se calhar a moça segue a máxima do Pessoa «Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.», não tem meio-termo: ora está tudo muito bem, ora está tudo muito mal; ora adora, ora detesta; ora está um dia radioso, ora está um breu de trevas escurecidas mergulhadas em óleo queimado e com uns toques de rímel para góticos.

Vai daí talvez não, é capaz de ser só vira-casacas.