sábado, 15 de setembro de 2018

Vítima de amor

Nunca me prometeste nada 
Mas é a um qualquer fio de esperanças 
Inventadas por mim num de tantos devaneios
Que continuo a segurar me 

Nunca me deste nada 
Mas é de alegres memórias falsas 
Guardadas nos recantos dos meus anseios 
Que o meu cérebro insiste em lembrar-me

Em cada olhar de ódio, 
Em cada discussão e em cada grito, 
Em cada puxão de cabelos,
Em cada murro e em cada pontapé, 
Ela quis ver Amor.

Quantas mais mentiras lhe vais dizer 
Quantos mais versos ela vais escrever 
Quantas mais lágrimas vai derramar 
Quantos mais abusos vai o coração dela aguentar 
Até desistir de bater, 

E parar ?



Dedicado a todas as mulheres que sofrem em silêncio.