sábado, 30 de dezembro de 2017

Back...?

Recentemente fui desafiada a escrever de novo antes do fim do ano chegar- e quando digo recentemente digo há três dias atrás. Right! Fiquei inicialmente estática a olhar para aquela mensagem, com os olhos esbugalhados, reacção essa que foi rapidamente substituída por um riso trocista como quem diz «pfff sonha! Já não sei escrever».
«...Já não sei escrever!». Aquelas palavras ficaram a ecoar no meu cérebro, todo este tempo, provocando uma nostalgia dolorosa ao relembrar a forma tão simples e leve como antes conseguia fazer deslizar o que me ia no coração pela pontas dos meus dedos, num teclar quase automatizado...Mas, como estava a dizer, fiquei todo este tempo a matutar neste assunto, com a minha linha de pensamento saltitando entre temas. Escreverei sobre o Amor? Sobre os meus sonhos? Sobre a Saudade, aquela palavra tão portuguesa, tão sentida por um povo que só sabe murmurar queixumes? 
Eu gosto de desafios. São os desafios que nos fazem crescer, aprender, evoluir como pessoas. Somos desafiados desde crianças - quem acabar a sopa primeiro recebe um prémio. Quem se portar melhor na escola recebe um autocolante em forma de cara a sorrir. Quem tirar melhores notas terá mais sucesso, and so on. Para além de gostar de desafios, tenho muito mau perder. Um desafio para mim é uma aposta - que eu quero ganhar.
Assim, cá estou eu, recostada no sofá, computador no colo e uma página em branco perante os meus olhos. A única coisa que me passa pela cabeça é que se passou mais um ano - se passou mais um ano. É inevitável neste altura olharmos para trás e colocarmos na balança o ano corrente versus o ano anterior e claro, como Humanos que somos, fazer comparações. 
No ano passado, por esta altura escrevi isto:

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Batota para dar vida ao tasco...

Quando se vasculha o baú encontram-se destes rascunhos, palavras rabiscadas, ideias incompletas, devaneios de quem vai na rua com um olhar distraído e meia volta tropeça em frases soltas sem sentido...


"Ao longe James Bay canta meia dúzia de palavras sobre o amor e sobre a saudade, enquanto o meu olhar recai sobre os barcos rabelos parados, apenas oscilando levemente ao sabor da ondulação. Uma brisa fresca levanta-se e como é bem vinda, amainando o ar quente e sufocante com cheiro a Verão. Passa o metro na ponte D.Luis I e a minha atenção, outrora nos barcos, desfoca-se perdendo-se no frenesim que se passa à minha volta. Uma mota de água, bicicletas a toda a velocidade, pessoas a passear e pessoas a acelerar. Um saxofone tenta sobrepôr a sua melodia à rotina caótica dos transeuntes."

Jane.