quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quando se fecha uma porta, alguém abre uma janela

O meu desespero por um trabalho minimamente "decente" era crescente. Enviei, sem exagero, milhares de CV, para todo o lado. Falei com centenas de pessoas, e levei com centenas de 'não estamos a precisar de ninguém de momento, mas pode deixar ficar'. Malvados! Eu já estive desse lado, bem sei o que fazem aos CV que 'deixam ficar'. Pelo menos naquela loja iam direitinhos para o lixo.
Mas adiante, encontrei! Acho eu. Espero eu. Um trabalho certo, diferente, que me vai desafiar diariamente, mas que ao fim do mês me dá garantia que vai lá estar na minha conta o fruto do meu trabalho. Saberei exactamente com o que contar. Melhor ainda, após o mês de experiência, oferecem contrato de trabalho a termo incerto. O outro lado da moeda? Existe, o meu sistema de nervoso. Estou tão feliz, tão radiante, mas não consigo parar de me consumir, de me torturar "Será que vou ser capaz? Será que vou conseguir superar as expetactivas?"
Depois de uma primeira entrevista desastrosa, em que pensei ter arruinado tudo, na segunda entrevista consegui quebrar o gelo, e colocar as três avaliadoras a rir. O cargo a que me estava a candidatar era de vendas. E eu consegui vender-lhes o produto: eu. Do que tenho eu tanto medo?
Esta noite sonhei que fui para lá apenas para fazer limpezas, e que no fim do mês não me pagaram nada.
Pára um pouco cabecinha, saboreia a felicidade e deixa-me descansar.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dúvidas existenciais

Aqui há tempos em conversa com o D.,falávamos sobre as estrelas de cinema/celebridades e qual escolheríamos para pinocar - caso nos fosse cedido um free-pass com as mesmas, obviamente. Ele sem hesitar escolheu a Scarlett Johansson e eu fiquei-me pelo meu versátil Johnny Deep. Mas isto foi antes de seguir Vampire Diaries e descobr...ahm, encontrar por acaso, o instagram do Ian Somerhalder. Agora estou como um tolo em cima da ponte, sem saber qual vai ocupar a posição principal de "fantasia com famosos". 
A vida é feita de escolhas difíceis. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Escuto

Local: Planeta Terra
Data: 1 de Outubro de 2013

Iniciar mensagem:

"Daqui vos fala uma frustrada. É meia-noite, e depois de mais um dia da treta, só me apetece arrumar malas e pôr-me a andar daqui para fora. Sinto-me num local hostil, sem nada para me dar. Trabalho, emprego, são tudo palavras que se tornaram quase raras. Sim, tenho um ganha pão, que me está a esgotar, não física, mas psicologicamente.
Trabalhar no ramo das vendas não é mesmo para qualquer estômago. Eu que o diga. Andar o mês inteiro, dia sim, dia sim, a lutar por objectivos, por vendas, a aturar reclamações (por vezes sem nexo), a ouvir de tudo, a levar com portas na cara, muitas vezes ser até mal tratada. A aguentar, a engolir sapos bem grandes, porque disso depende o que vou ganhar no fim do mês seguinte. É f*da cara.
Sinto que só se a minha vida fosse um filme é que iria cair do céu um trabalho fabuloso - com óptimos colegas de trabalho, com um ordenado adequado às minhas expectativas, a fazer algo que adoro, e que se adeque às minhas aulas - pois só em filmes é que as coisas correm sempre bem.
Cheguei ao fim de seis meses de trabalho e contei 2000€ limpos recebidos. As contas foram pagas à rasca, é 'chapa ganha, chapa batida'. Perguntam-me muitas vezes o que estou ainda aqui a fazer, porquê que simplesmente não vou embora? Todos os dias procuro emprego, todos os dias envio CV para todo o lado, entrego pessoalmente ou por e-mail. Eu não baixei os braços, mas se sair daqui, simplesmente fico desempregada. Fico em casa, sem receber nada, a depender de alguém novamente.
É frustrante, e só me apetece desistir."

Fim da mensagem.

sábado, 20 de julho de 2013

Só quando estou sozinha

...é que me aparece uma centopeia na casa-de-banho. Dadas as circunstancias, tive que a matar com Ajax

terça-feira, 2 de julho de 2013

Desabafo

Estamos perto de completar 5 anos que nos conhecemos. Parece pouco, e se calhar é de facto pouco, mas para mim foi como se de uma vida se tratasse. E este é o primeiro desses 5 anos que não estarás do meu lado no meu aniversário. Já passámos por tanta coisa, por zangas, por palavras duras que feriram, mas ultrapassamos sempre. Mas parece que afinal um copo partido não tem mesmo forma de "remendar". Parece que desta vez é a derradeira vez. E talvez seja por isso que me doa mais. Porque simplesmente não se passou nada, a distância entre nós (e não me refiro à distância física) rebentou a ligação que tanto lutámos (?) para manter. Se estiveres a ler este desabafo irás perceber que é precisamente de ti que falo. A amiga das bebedeiras, a amiga das horas de estudo, a amiga das horas de parvoíce, a amiga dos cozinhados fantásticos, a amiga dos momentos difíceis. A verdadeira amiga, mais que amiga, a irmã que eu nunca tive. Continuo a bater na mesma tecla, a tentar perceber o que nos aconteceu. Passámos de unha e carne a quase desconhecidas. E esse quase é que custa mais. É olhar para ti, é rever fotos antigas, é encontrar conversas perdidos nos cadernos das aulas chatas, é tudo isto que custa mais. Lembrar o que fomos e ver o que somos agora. Parece que nada aconteceu de verdade, que foi tudo uma grande divagação. 
E este aniversário vai custar especialmente, porque não vais lá estar, como dantes estavas. 
E sim, eu sei que a vida continua, que não posso fazer drama, mas desabafos são mesmo isso, desabafos.
Vou sempre querer-te bem e torcer por ti.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Como o tempo passa..

Ainda no outro dia brincava com o facto de fazer meio aniversário (a minha prima faz anos exactamente meio ano antes de mim) e de repente, já estou a uma semana de fazer anos!
Entre trabalho, universidades, stresses e cenas maradas, o tempo voou.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Coisas que não entendo nos homens

O conceito de calçoes de banho + meias de desporto + sapatilhas (sejam elas quais forem).
E então se os calções de banho forem com flores havaianas. Uau!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O amor não é (sempre) um mar de rosas. Mas anda perto.

Sábado tive casório, e vaidosa que só eu, tinha comprado um vestido verdinho, lindo, frasco, todo ele a gritar Verão, para usar, foi-se a ver, num dia gelado e ventoso que parecia enviado especial do Inverno. Nem chuva faltou. Mas o tempo cá fora foi pouco, a dança lá dentro foi muita e estava-se mesmo à espera que no Domingo ficasse de cama (neste caso de sofá). Eu juro que nunca dormi tanto na vida, nunca julguei humanamente possível dormir tanto: desde a madrugada de Domingo até à manhã de Segunda dormi umas 25h. Pois, a culpa foi da febre...
Mas nem tudo tem um lado mau, serviu para uma dieta forçada, pois só me passou uma sopa que ele me fez no Domingo à noite e uma taça de leite com cereais na Segunda à noite, imediatamente antes de ir dormir de novo.
Portanto, quando em dias normais, eu cozinho e ele lava, esperava-se que, comigo acamada a coisa mudasse de figura. Errado! 
Na Terça à noite, já passava das 22h, chego exausta a casa, numa espécie de ressaca pós-febre, com um dia longo de trabalho e aulas, vou para a cozinha tratar do jantar e vejo duas, DUAS!, pias de louça suja, seca, amontada, que era de bradar aos céus. Em jeito de brincadeira digo-lhe "epa já viste esta cozinha? Que pocilga pah!" ao que me responde com o maior descaramento "A louça é tua! Eu cozinhei no Domingo."
Rebenta a III Guerra Mundial. Então quer-se dizer, a minha pessoa anda doente, a arrastar-se que nem um saco de batatas de um lado para o outro, e por uma vez custava-lhe muito ter arrumado a cozinha em vez de empilhar tudo na banca? Parou-me o cérebro, expulsei-o da cozinha, e pus-me a arrumar tudo, enquanto arranjava braços extra para ir olhando pelo jantar ao lume. Apanhei a roupa, pus a máquina a lavar, mais uma olhadela ao jantar, tudo isto a deitar fumo pelas orelhas e a cuspir diabos. Sirvo o jantar, e comemos, em silêncio. Pede-me desculpa, que lhe tinha dado a preguiça no dia anterior, mas que nunca teve intenção de deixar tudo para mim. 
À noite quando me ia deitar, tinha arrumado o quarto e dobrado a roupa dele e a minha, que estava a acumular desde o casamento. Quis um buraco para me enfiar.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Apesar dos apesares

Apesar dos dramas, dos clientes malucos, dos meses que às vezes correm mal, não há nada melhor que sentir que a equipa com que se trabalha gosta genuinamente de nós. Aquece o coração, e dá alento para lutar por melhores resultados.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mais arroz.

Não sei se é da TPM, se é da altura do ano, das coisas que vou vendo, mas as saudades apertam. Tive a ver fotos, frases, a relembrar momentos. Porra, como tenho saudades dela.

terça-feira, 14 de maio de 2013

«My Medical Choise», Angelina Jolie

Eu sei que se fosse uma anónima qualquer não teria tanto mediatismo em seu redor, mas mesmo assim, é uma mulher, corajosa, forte, altruísta, pelo que acho que estas palavras merecem ser partilhadas, para chegarem a todas as mulheres do mundo, para levar força, carinho e coragem, muita coragem.

«My mother fought cancer for almost a decade and died at 56. She held out long enough to meet the first of her grandchildren and to hold them in her arms. But my other children will never have the chance to know her and experience how loving and gracious she was.
We often speak of “Mommy’s mommy,” and I find myself trying to explain the illness that took her away from us. They have asked if the same could happen to me. I have always told them not to worry, but the truth is I carry a “faulty” gene, BRCA1, which sharply increases my risk of developing breast cancer andovarian cancer.
My doctors estimated that I had an 87 percent risk of breast cancer and a 50 percent risk of ovarian cancer, although the risk is different in the case of each woman.
Only a fraction of breast cancers result from an inherited gene mutation. Those with a defect in BRCA1 have a 65 percent risk of getting it, on average.
Once I knew that this was my reality, I decided to be proactive and to minimize the risk as much I could. I made a decision to have a preventive double mastectomy. I started with the breasts, as my risk of breast cancer is higher than my risk of ovarian cancer, and the surgery is more complex.
On April 27, I finished the three months of medical procedures that the mastectomies involved. During that time I have been able to keep this private and to carry on with my work.
But I am writing about it now because I hope that other women can benefit from my experience. Cancer is still a word that strikes fear into people’s hearts, producing a deep sense of powerlessness. But today it is possible to find out through a blood test whether you are highly susceptible to breast and ovarian cancer, and then take action.
My own process began on Feb. 2 with a procedure known as a “nipple delay,” which rules out disease in the breast ducts behind the nipple and draws extra blood flow to the area. This causes some pain and a lot of bruising, but it increases the chance of saving the nipple.
Two weeks later I had the major surgery, where the breast tissue is removed and temporary fillers are put in place. The operation can take eight hours. You wake up with drain tubes and expanders in your breasts. It does feel like a scene out of a science-fiction film. But days after surgery you can be back to a normal life.
Nine weeks later, the final surgery is completed with the reconstruction of the breasts with an implant. There have been many advances in this procedure in the last few years, and the results can be beautiful.
I wanted to write this to tell other women that the decision to have a mastectomy was not easy. But it is one I am very happy that I made. My chances of developing breast cancer have dropped from 87 percent to under 5 percent. I can tell my children that they don’t need to fear they will lose me to breast cancer.
It is reassuring that they see nothing that makes them uncomfortable. They can see my small scars and that’s it. Everything else is just Mommy, the same as she always was. And they know that I love them and will do anything to be with them as long as I can. On a personal note, I do not feel any less of a woman. I feel empowered that I made a strong choice that in no way diminishes my femininity.
I am fortunate to have a partner, Brad Pitt, who is so loving and supportive. So to anyone who has a wife or girlfriend going through this, know that you are a very important part of the transition. Brad was at the Pink Lotus Breast Center, where I was treated, for every minute of the surgeries. We managed to find moments to laugh together. We knew this was the right thing to do for our family and that it would bring us closer. And it has.
For any woman reading this, I hope it helps you to know you have options. I want to encourage every woman, especially if you have a family history of breast or ovarian cancer, to seek out the information and medical experts who can help you through this aspect of your life, and to make your own informed choices.
I acknowledge that there are many wonderful holistic doctors working on alternatives to surgery. My own regimen will be posted in due course on the Web site of the Pink Lotus Breast Center. I hope that this will be helpful to other women.
Breast cancer alone kills some 458,000 people each year, according to the World Health Organization, mainly in low- and middle-income countries. It has got to be a priority to ensure that more women can access gene testing and lifesaving preventive treatment, whatever their means and background, wherever they live. The cost of testing for BRCA1 and BRCA2, at more than $3,000 in the United States, remains an obstacle for many women.
I choose not to keep my story private because there are many women who do not know that they might be living under the shadow of cancer. It is my hope that they, too, will be able to get gene tested, and that if they have a high risk they, too, will know that they have strong options.
Life comes with many challenges. The ones that should not scare us are the ones we can take on and take control of.»

Pessoas idiotas e prontas a prejudicar existem em qualquer lado

O S. e a família estavam fartos da operadora que tinham pois estavam a ter imensos problemas, desde falhas de sinal de televisão, a internet lenta, linha de telefone embaixo. Já tinham por várias vezes apresentado queixa à operadora, e nunca ficava nada resolvido. E foi nesta situação que os encontrei quando toquei na porta deles. Apresentei o serviço da operadora que represento, expliquei como funcionavam as coisas, como era feita a instalação. Disseram que já estavam a tratar da carta de rescisão com a operadora, que queriam despachar o quanto antes pois estavam fartos, pelo que me ofereci para enviar a carta por fax. Entretanto estavam a decidir se iam aderir com a "minha" operadora ou com outra, e acabaram por optar aderir comigo. Tratei de tudo, acompanhei o serviço, ajudei sempre que pude, resumindo, fiz muito mais que o meu trabalho. Passaram os 14 dias do período experimental e mantiveram-se, não disseram nada, nem se tinha corrido bem ou não.
Hoje o S. envia-me uma mensagem, a dizer que tinha rescindido pois não estavam a conseguir resolver os problemas que estavam a ter com a fidelização. Após ter questionado como se "safaram" da fidelização com a nova operadora, simplesmente me disse "ah, apresentamos queixa em como fomos levados a crer que não íamos ter custos com a mudança". 
Portanto, que se f*da a vendedora, a culpa é dela. Clientes idiotas existem por aí aos pontapés.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mentalidades fechadas

Se há coisa que me tira do sério são pessoas com mentalidade fechada. E faz parte desse trupe pessoas que desprezam a comunidade e os avanços científicos, pessoas que criticam quem sonha e luta por ter um curso superior, quem gosta de acompanhar a evolução das coisas, quem quer saber mais e fazer mais.
Hoje estavamos a lanchar e eu comentava como estava a gostar da conferência que estava a decorrer, que valeu o preço que paguei, e um colega vira-se "Então mas tu pagaste para quê? Para que é essa conferência afinal?" ao que respondi que nessa conferência estavam a ser apresentados artigos e trabalho de pessoas da área, muitos deles inovadores, e o meu colega, com o maior desdém que conseguiu arranjar "F****-se, se era eu que pagava que ver os outros falarem sobre tretas".
Não são tretas, é o futuro. Eu bem sei que nem toda a gente nasceu para estudar, assim como nem toda a gente nasceu "para ser trolha" (como se costuma dizer), mas isso não justifica a falta de respeito que as pessoas têm umas pelas outras. E isso irrita-me. Até porque não é a primeira vez que esse mesmo colega diz a boca cheia "ah, eu sem curso nenhum ganho bem mais que esses todos que andaram a gastar dinheiro parar estar agora no desemprego".
Novamente, nada contra com quem não quer estudar, "cada macaco no seu galho", mas não é preciso desprezar assim.
Se não fosse dos técnicos, as casas e os equipamentos poderiam ficar para sempre em teorias apenas, mas nada do que temos hoje em dia existiria se não tivesse havido alguém antes a pensar, estudar, tentar criar, melhorar.
É assim tão difícil respeitar e viver em harmonia?

sábado, 27 de abril de 2013

Desabafos

Entristece-me que exista este abismo entre nós. Entristece-me que quatro anos de aventuras, viagens, lágrimas e risos simplesmente se dissolvam assim no tempo. Não sei de quem foi a maior culpa. Talvez esta balança não incline mais para um lado, mas ambas temos que admitir que foi de facto das duas (pelo menos das duas).
És finalista, tal como eu fui no ano passado, mas as coisas não se desenrolaram da mesma forma. Há um ano atrás eras uma das pessoas que eu de facto queria que estivesse lá, do meu lado, a partilhar comigo aquele momento que se iria tornar uma das melhores, mais ternurentas e, agora, mais amargas que sonharia ter. Foste uma das primeiras a assinar o meu lençol, a única que ocupou duas velas completas, de uma ponta à outra, cada milímetro ocupado por palavras que, relendo agora, me apertam o coração.
Tenho mesmo saudades tuas, nossas. Sei que já o disse antes, e odeio-me por não conseguir não me importar contigo, da mesma forma que eu sinto que o fazes comigo. Parecemos estranhas, e isso dói mais do que possas imaginar. Mas neste dia, ou melhor no teu dia de finalista, gostava de te dar um enorme abraço, dar-te os parabéns, e dizer-te que eu tinha razão, que tu ias conseguir, como nunca acreditaste. Queria poder chorar de alegria contigo, e voltar a fazer planos do nosso futuro, juntas, inseparáveis. Unha e carne. Tico e teco. Gostava de ter ido fazer um rally barracas contigo, apanharmos uma bebedeira enorme, e acabarmos a noite com um sorriso brilhante, feliz, inebriado  a dizer que te adoro, e que nada nem ninguém nos irá separar nunca mais.
Mas palavras leva-as o vento, e de facto cada vez que fizemos essas promessas, elas foram sempre levadas.
Se calhar não estava destinado a ficarmos amigas para sempre. Se calhar estávamos destinadas a passar pela vida uma da outra, para nos ensinarmos, sem o saber, lições que com certeza virão a ser valiosas no futuro que se avizinha.
Mas pronto, lamúrias à parte, deixo-te na mesma os parabéns, e as maiores felicidades. Sempre acreditei em ti, e sei que vais sempre vencer. No matter what.
Força finalista, um óptimo futuro te aguarda.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Para ela.

Esta noite sonhei contigo. Que nos cruzamos, num caminho qualquer, e nos cumprimentamos, com um "Olá" qualquer. E no meu sonho a minha garganta deu um nó. Porque quis dizer que tinha saudades tuas. Mil saudades tuas. Mil saudades nossas. Mas no meu sonho eu calei, e engoli as saudades que se prenderam no nó. E depois de sorrirmos, seguimos novamente os nossos caminhos, como se nada tivesse acontecido, como se nunca nos tivessemos cruzado. 
Depois de acordar, lembrei-te, como todos os dias te lembro, mas nunca o admito. Afinal de contas, fazes-me falta, afinal de contas não se deitam 4 anos de amizade para trás das costas como se de um contratempo se passasse. Tenho saudades tuas, verdadeiras saudades tuas. Mas mudaste tanto, magoaste-me tanto.  E eu mudei tanto, magoei-te tanto. Talvez o nosso orgulho (ferido) vá impedir sempre que possamos voltar. Ou até esquecer tudo o que nunca devia ter sido dito sem pensar. Mas a verdade é que as palavras são como as setas, uma vez atiradas não podem ser impedidas de parar. 
Mas as saudades mantêm-se, e vão manter. Até um dia sermos velhas, e a nossa amizade não passar de uma longínqua memória, esquecida num canto qualquer do cérebro. Talvez um dia se torne uma história a ser contada aos netos. Ou talvez não.
Até lá fica a saudade, e a falta que me fazes.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Jane no Facebook.

Eu acho que já tinha mencionado antes, mas de qualquer forma, fica aqui de novo a lembrança: também estou no facebook aqui. Ponham like se quiserem, se não quiserem não ponham, é-me indiferente (não, não é, só estou a fazer-me de durona). E pronto, se calhar verão mais updates lá do que aqui :)

domingo, 7 de abril de 2013

O meu tempo estica!!

Quanto a vocês não sei, mas o meu tempo com toda a certeza que estica. Ora pensem comigo: trabalho, estou a tirar mestrado, estou a tirar um curso profissional, sigo 16 séries diferentes, estou a ler 4 livros, tenho um namorado que não faz o jantar (prefere lavar a louça...e eu não me importo vá), tenho casa própria (própria no sentido que não há mamã para a limpar e arrumar), e ainda tenho, claro, aquelas horas do dia dedicadas a fazer "nada", que é como quem diz, andar no facebook, ficar a procrastinar no sofá.
É como eu digo, o meu tempo estica.
Agora não me perguntem como que eu não faço ideia.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

#dele

Todos os dias olho para ele e penso na sorte que tenho de o ter encontrado. E fico apavorada com a ideia de o perder, de perder o nós, que até agora tem sido tão bom. Claro que os doutores em relações chamam-me louca, ingénua, tonta, quando comento, feliz, que nos entendemos muito bem. Talvez porque hoje já não se acredita no Amor, ou porque se deixa as cicatrizes do Passado comandarem as emoções do Presente. Ou simplesmente porque a inveja alheia é forte o suficiente para impedir que sintam contentamento genuíno pela felicidade de alguém. 
Ou então se calhar sou mesmo louca, e ingénua, e cega. Mas a verdade é que me sinto bem. A viver um sonho, mas com os seus rasgos de realidade (ou a viver uma realidade com rasgos de sonho?). 
Se calhar juntos, com as lições que feliz ou infelizmente retirámos de experiências menos boas, conseguimos chegar a um ponto de equilíbrio. Claro que não é tudo amor e uma cabana mas também não é esse o objectivo. O ser humano precisa ser atiçado, impulsionado a querer mais, a pensar mais, a evoluir mais. E como o meu pai me dizia "se só tivermos coisas boas, nunca aprenderemos a dar-lhes o devido valor. São as coisas más que nos ensinam a fazê-lo". E são as "coisas más", venham de onde vierem,  que nos vão abrindo os olhos e ensinando a dar valor um ao outro, a nós. Que nos vão ensinando a fazer das tripas coração para nunca (nos) perdermos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

"Sometimes, when life closes a door, it opens a windows"

Ou porque o Sol entrou cheio de vigor pelas frinchas da minha persiana, ou porque depois de todo o negativismo que carregava ontem, hoje acordei cheia de energia e bem disposta.
Experimentei o BB Cream pela primeira vez e estou a adorar, saí de casa radiante e fui ao cabeleireiro mudar o look, e adorei!, no meio da conversa surgiu uma cliente nova para mim, tenho uma entrevista de emprego hoje, ligaram-me para me chamarem para um curso de markting e relações públicas (sim, porque tenho visto imensa oferta nessa área). Depois de mais um telefonema, comsegui outra cliente. Acho que depois de muitas portas andarem a ser fechadas na minha cara (literalmente...ossos do ofício de vendedora), finalmente abriu-se uma grande janela. Uma não, várias.
Com esta energia toda, só pode correr tudo bem.

Enfim, Bom dia primavera, bom dia sol, bom dia mundo!
"Porque todos os dias são dias cheiiiios de oportunidades!"

"Sair de casa e ser independente"

"Sair de casa e ser independente" não é assim tão fácil como parece. Dizer é fácil, pois claro, mas fazê-lo não. Mesmo com noção de que o dinheiro custa a ganhar, mesmo com a noção que há contas para pagar ao fim do mês, "Sair de casa e ser independente" é diferente, porque é lidar com a Realidade. 
E sei disso porque o fiz. Acabei a licenciatura, estava numa fase da minha vida que queria mais e menos. Queria mais "liberdade", e queria dar menos "preocupações", menos "despesas"
Os meus pais recearam, mas aceitaram, pois afinal de contas, é a "minha vida, minha decisão". E no inicio não custou muito. Depois de apartamento pronto, contratos feitos, as despesas começaram a vir e o salário a sumir. Nunca passou dos 500€/mês mas dava. Deu para ir passear até à Bélgica. Depois foi mudança de emprego. E os 500 desceram para 300€. É chegar para pagar a luz, a água, o gás, a internet, a renda. É chegar para pagar as despesas. Veio o cão. É chegar para lhe comprar comida, dar-lhe as vacinas, ir ao veterinário. Depois foi preciso seguro de saúde. É chegar para o pagar. Depois o computador avariou. É chegar para pagar também o computador novo. O emprego não chega, é procurar por um segundo, para pagar as contas e sobrar dinheiro para comer e para guardar, "só em caso de ser preciso"
Por cima de tudo, é pensar no mestrado - que se não fossem os pais terem insistido em pagar as propinas, "pelo menos", por esta altura já tinha desistido. 
É chegar à noite a casa, e apesar de ter o meu cromito e o nosso patudo à espera, estar exausta e só querer cama, mas ainda ter que fazer o jantar e preparar tudo para o dia seguinte.
No meio de tudo, é ter uma casa para manter arrumada, limpa. É roupa para lavar, passar. É manter o frigorífico e os armários com um nível alimentício aceitável. (Graças a Deus que os pais têm o bendito do quintal, o que ajuda com muita coisa).
E isto tudo é uma merda - perdoem-me o francês - e custa. Às vezes dá vontade de fechar os olhos e quando acordar estar tudo direito, com a conta cheia de dinheiro, sem ter que o contar bem contadinho.
Quando antes, nuns minutos livres, percorria páginas na internet a ver roupa e acessórios, agora é a procurar o segundo emprego que se consiga encaixar entre o actual e o mestrado.
Porra, como estou cansada.

segunda-feira, 4 de março de 2013

#A minha primeira vez...a entregar IRS

Pois é. Estamos em tempo de vacas magras e em Agosto de 2012 ganhei cojones e saí de casa. Tinha acabado a licenciatura e ia começar o mestrado, portanto achei que era hora de parar de dar despesas aos pais. Acabou por não ser bem assim visto que insistiram em pagar-me as propinas...E se não fossem eles não as teria conseguido pagar.
Ora então, comecei por trabalhar numa loja de roupa, num centro comercial, com horários de treta e uma boss vacarrona, pelo que 2 meses depois pus-me a andar de lá para fora. Mas ganhava muita bem, isso ganhava. Tive um mês de "férias" e entretanto fui para um emprego bastante diferente: vendedora porta a porta. 
Portanto passei de receber ordenado base, direitinho, e com contrato de trabalho, para um emprego a recibos verdes, sem ordenado base, sem garantias, sem nada. Foi drástico, é verdade, mas até estou a gostar, apesar das inseguranças, apesar das pessoas que apanho, apesar de ate agora receber pouco. 
Mas adiante, onde eu queria chegar é: sei que tenho que meter o IRS na segunda fase, por ter estado a recibos verdes (passei o primeiro em Dezembro). Mas e o resto? É que eu não me entendo com os IVA's e essas coisas todas...Ouço frases como "descontar pro IRS", "descontar o IVA", "descontar para a segurança social". E eu fico como um burro a olhar para um palácio. 
Sim, já fiz perguntas sobre isso, já googlei, mas nestas coisas eu sou mesmo lerdinha lerdinha lerdinha, e se houvesse por aí uma alma caridosa que me dissesse sem palavras caras e sem rodeios o que tenho que fazer, epa, até lhe dava um beijinho!

Anyone?:)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Há cada um que até parece dois!

"A estupidez está difundida em tal grau que não poderia ser devida à simples geração episódica e acidental de intelectos desnutridos. Pelo contrário, a exuberância dos fenómenos estupidológicos, a sua extrema variedade, a riqueza das suas realizações ou a elegância dos seus refinamentos, tudo nos faz encontrar na estupidez mais, muito mais do que uma vacuidade, uma ausência de inteligência." - Vitor J. Rodrigues

E realmente a estupidez não tem mesmo limites. E este ano então, estou a lidar com gente idiota mais vezes do que queria. Primeiro, aparece-me uma bimba que me deixa na mão com uns trabalhos porque desiste do curso assim do nada, depois a outra porque está sempre doente ou tem sempre muito que estudar, não tem tempo para fazer trabalhos. Agora o último que saiu na rifa também é muito interessante. Muito sucintamente:
Bimbo: Oh J, não queres fazer o relatório de CadeiraX comigo?
J.: Sim, claro, não tinha ninguém e não, está bem.
(Semanas depois)
Tento combinar tudo, fica para o fim de semana "e despachamos isto" diz ele. OK.
(fim de semana)
Mando novamente mensagem:
Bimbo: ah deixa estar, eu trato disso, e no fim de semana combinamos e acertamos os pormenores.
J: Então mas é suposto fazermos isso juntos, não vais fazer tudo sozinho! No fim de semana então fazemos isso!
Bimbo: Okok, pronto.
(Semana anterior à deadline)
Mando mensagem, ligo, volto a mandar mensagem, volto a ligar, e nada.
(Sexta-feira, dois dias antes da deadline.)
Bimbo liga-me: J, desculpa mas eu vou desistir daquela merda, o prof é maluco, eu 'tou farto dele, 'tou-me a cagar, faço pro ano.
J: Pronto, ok, tu é que sabes. Mas olha, eu vou fazer na mesma e vou tentar, tenho mesmo que despachar isto.
(Quando saem as notas)
Bimbo: Zero na prática de CadeiraX? OK! Devolve-me os livros de CadeiraY. Obg.


Então mas quê, estava à espera que eu, mesmo depois de ter que fazer tudo sozinha, ainda pusesse o nome dele? Já agora, posso oferecer um cafezinho, ou alguma bebida? Não? E um pontapé no rabo, pode ser?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dos vizinhos #1

Da minha janela consigo ver uma pseudo-dançarina dançar em frente ao espelho, enquanto canta e atira os seus cabelos ao ar. A janela é do outro lado da rua e eu consigo ouvir...

sábado, 5 de janeiro de 2013


Há dias que apetece deitar tudo cá pra fora. Vomitar o emaranhado de palavras que se vai acumulando, juntamente com todos os sapos que somos obrigados a engolir diariamente. E chega o dia que apetece despejar o pote. Dizer ao idiota das obras que se manda mais algum piropo corre grande risco de cair abaixo do andaime, dizer ao velho rebarbado que pode bem olhar mas não é isso que faz erguer os mortos. Dizer àquele cliente chato que a merda da camisola não vai descer o preço só porque está a regatear e que a camisa não lhe fica bem porque o problema é dele que não sabe fechar a boca quando vê comida.
Há alturas que apetece mesmo dizer um valente "f*dam-se todos, que hoje o tasco está de folga e não vai abrir consultório para ninguém."
E apetece principalmente dizer àquelas pessoas, aquelas mesmas que estão a pensar, que são uma cambada de inúteis, egoístas e hipócritas, escumalha da mais baixa que há. Que se lhes nascesse uma borbulha por cada facada que dão pelas costas, muito provavelmente já não haveria um milímetro livre em todo o corpo.
E que não adianta partilhar frases profundas, nem músicas lamechas, nem imagens fofinhas porque toda  a gente sabe bem a escória que são.
Mas não, nunca, muito especialmente nesses dias, se destrava a língua. Pelo contrário, abre-se bem a goela, porque nesses dias, especialmente nesses dias, os sapos vão custar a engolir.