quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quando se fecha uma porta, alguém abre uma janela

O meu desespero por um trabalho minimamente "decente" era crescente. Enviei, sem exagero, milhares de CV, para todo o lado. Falei com centenas de pessoas, e levei com centenas de 'não estamos a precisar de ninguém de momento, mas pode deixar ficar'. Malvados! Eu já estive desse lado, bem sei o que fazem aos CV que 'deixam ficar'. Pelo menos naquela loja iam direitinhos para o lixo.
Mas adiante, encontrei! Acho eu. Espero eu. Um trabalho certo, diferente, que me vai desafiar diariamente, mas que ao fim do mês me dá garantia que vai lá estar na minha conta o fruto do meu trabalho. Saberei exactamente com o que contar. Melhor ainda, após o mês de experiência, oferecem contrato de trabalho a termo incerto. O outro lado da moeda? Existe, o meu sistema de nervoso. Estou tão feliz, tão radiante, mas não consigo parar de me consumir, de me torturar "Será que vou ser capaz? Será que vou conseguir superar as expetactivas?"
Depois de uma primeira entrevista desastrosa, em que pensei ter arruinado tudo, na segunda entrevista consegui quebrar o gelo, e colocar as três avaliadoras a rir. O cargo a que me estava a candidatar era de vendas. E eu consegui vender-lhes o produto: eu. Do que tenho eu tanto medo?
Esta noite sonhei que fui para lá apenas para fazer limpezas, e que no fim do mês não me pagaram nada.
Pára um pouco cabecinha, saboreia a felicidade e deixa-me descansar.

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