quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quando se fecha uma porta, alguém abre uma janela

O meu desespero por um trabalho minimamente "decente" era crescente. Enviei, sem exagero, milhares de CV, para todo o lado. Falei com centenas de pessoas, e levei com centenas de 'não estamos a precisar de ninguém de momento, mas pode deixar ficar'. Malvados! Eu já estive desse lado, bem sei o que fazem aos CV que 'deixam ficar'. Pelo menos naquela loja iam direitinhos para o lixo.
Mas adiante, encontrei! Acho eu. Espero eu. Um trabalho certo, diferente, que me vai desafiar diariamente, mas que ao fim do mês me dá garantia que vai lá estar na minha conta o fruto do meu trabalho. Saberei exactamente com o que contar. Melhor ainda, após o mês de experiência, oferecem contrato de trabalho a termo incerto. O outro lado da moeda? Existe, o meu sistema de nervoso. Estou tão feliz, tão radiante, mas não consigo parar de me consumir, de me torturar "Será que vou ser capaz? Será que vou conseguir superar as expetactivas?"
Depois de uma primeira entrevista desastrosa, em que pensei ter arruinado tudo, na segunda entrevista consegui quebrar o gelo, e colocar as três avaliadoras a rir. O cargo a que me estava a candidatar era de vendas. E eu consegui vender-lhes o produto: eu. Do que tenho eu tanto medo?
Esta noite sonhei que fui para lá apenas para fazer limpezas, e que no fim do mês não me pagaram nada.
Pára um pouco cabecinha, saboreia a felicidade e deixa-me descansar.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dúvidas existenciais

Aqui há tempos em conversa com o D.,falávamos sobre as estrelas de cinema/celebridades e qual escolheríamos para pinocar - caso nos fosse cedido um free-pass com as mesmas, obviamente. Ele sem hesitar escolheu a Scarlett Johansson e eu fiquei-me pelo meu versátil Johnny Deep. Mas isto foi antes de seguir Vampire Diaries e descobr...ahm, encontrar por acaso, o instagram do Ian Somerhalder. Agora estou como um tolo em cima da ponte, sem saber qual vai ocupar a posição principal de "fantasia com famosos". 
A vida é feita de escolhas difíceis. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Escuto

Local: Planeta Terra
Data: 1 de Outubro de 2013

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"Daqui vos fala uma frustrada. É meia-noite, e depois de mais um dia da treta, só me apetece arrumar malas e pôr-me a andar daqui para fora. Sinto-me num local hostil, sem nada para me dar. Trabalho, emprego, são tudo palavras que se tornaram quase raras. Sim, tenho um ganha pão, que me está a esgotar, não física, mas psicologicamente.
Trabalhar no ramo das vendas não é mesmo para qualquer estômago. Eu que o diga. Andar o mês inteiro, dia sim, dia sim, a lutar por objectivos, por vendas, a aturar reclamações (por vezes sem nexo), a ouvir de tudo, a levar com portas na cara, muitas vezes ser até mal tratada. A aguentar, a engolir sapos bem grandes, porque disso depende o que vou ganhar no fim do mês seguinte. É f*da cara.
Sinto que só se a minha vida fosse um filme é que iria cair do céu um trabalho fabuloso - com óptimos colegas de trabalho, com um ordenado adequado às minhas expectativas, a fazer algo que adoro, e que se adeque às minhas aulas - pois só em filmes é que as coisas correm sempre bem.
Cheguei ao fim de seis meses de trabalho e contei 2000€ limpos recebidos. As contas foram pagas à rasca, é 'chapa ganha, chapa batida'. Perguntam-me muitas vezes o que estou ainda aqui a fazer, porquê que simplesmente não vou embora? Todos os dias procuro emprego, todos os dias envio CV para todo o lado, entrego pessoalmente ou por e-mail. Eu não baixei os braços, mas se sair daqui, simplesmente fico desempregada. Fico em casa, sem receber nada, a depender de alguém novamente.
É frustrante, e só me apetece desistir."

Fim da mensagem.