quinta-feira, 18 de abril de 2013

Para ela.

Esta noite sonhei contigo. Que nos cruzamos, num caminho qualquer, e nos cumprimentamos, com um "Olá" qualquer. E no meu sonho a minha garganta deu um nó. Porque quis dizer que tinha saudades tuas. Mil saudades tuas. Mil saudades nossas. Mas no meu sonho eu calei, e engoli as saudades que se prenderam no nó. E depois de sorrirmos, seguimos novamente os nossos caminhos, como se nada tivesse acontecido, como se nunca nos tivessemos cruzado. 
Depois de acordar, lembrei-te, como todos os dias te lembro, mas nunca o admito. Afinal de contas, fazes-me falta, afinal de contas não se deitam 4 anos de amizade para trás das costas como se de um contratempo se passasse. Tenho saudades tuas, verdadeiras saudades tuas. Mas mudaste tanto, magoaste-me tanto.  E eu mudei tanto, magoei-te tanto. Talvez o nosso orgulho (ferido) vá impedir sempre que possamos voltar. Ou até esquecer tudo o que nunca devia ter sido dito sem pensar. Mas a verdade é que as palavras são como as setas, uma vez atiradas não podem ser impedidas de parar. 
Mas as saudades mantêm-se, e vão manter. Até um dia sermos velhas, e a nossa amizade não passar de uma longínqua memória, esquecida num canto qualquer do cérebro. Talvez um dia se torne uma história a ser contada aos netos. Ou talvez não.
Até lá fica a saudade, e a falta que me fazes.

1 comentário:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.