segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lisboa I

Nasce o sol, brilha o Tejo, desperta Lisboa.
Mesmo andando mais negra que a noite, mesmo tendo passado um fim de semana coberta em lágrimas porque as promessas se esfumam mais depressa do que se espera, subi eu aquela rua, de sorriso nos lábios, apaixonada por aquela cidade que me bombardeia o pensamento com memórias de bons momentos. Quem me viu talvez tivesse julgado que sou tolinha da cabeça. Mas azar, sou mesmo. E ficava aqui a vida toda.

"Dizem que um dia alguém cantou…
Que por amores Lisboa se perdeu!
Por amores se perde quem lá voltou.
De amores se perde quem lá nasceu.

Dizem que um dia alguém contou.
Que uma moira cativa no Tejo desceu.
Por amores, Lisboa, a moura libertou,
De amores, por Lisboa, a moira morreu.

Juntaram-se os telhados enfeitiçados,
Apertadinhos os dois e entrelaçados,
Num fado castiço, numa rua de Alfama


E o Tejo, que é velho, beija a Cidade
Morre-se de amor em qualquer idade,
Perde-se por Lisboa, quem muito ama!"

( Rogério Martins Simões)

1 comentário:

LA disse...

e é tolinha que eu gostoo :D <3