Todos os dias olho para ele e penso na sorte que tenho de o ter encontrado. E fico apavorada com a ideia de o perder, de perder o nós, que até agora tem sido tão bom. Claro que os doutores em relações chamam-me louca, ingénua, tonta, quando comento, feliz, que nos entendemos muito bem. Talvez porque hoje já não se acredita no Amor, ou porque se deixa as cicatrizes do Passado comandarem as emoções do Presente. Ou simplesmente porque a inveja alheia é forte o suficiente para impedir que sintam contentamento genuíno pela felicidade de alguém.
Ou então se calhar sou mesmo louca, e ingénua, e cega. Mas a verdade é que me sinto bem. A viver um sonho, mas com os seus rasgos de realidade (ou a viver uma realidade com rasgos de sonho?).
Se calhar juntos, com as lições que feliz ou infelizmente retirámos de experiências menos boas, conseguimos chegar a um ponto de equilíbrio. Claro que não é tudo amor e uma cabana mas também não é esse o objectivo. O ser humano precisa ser atiçado, impulsionado a querer mais, a pensar mais, a evoluir mais. E como o meu pai me dizia "se só tivermos coisas boas, nunca aprenderemos a dar-lhes o devido valor. São as coisas más que nos ensinam a fazê-lo". E são as "coisas más", venham de onde vierem, que nos vão abrindo os olhos e ensinando a dar valor um ao outro, a nós. Que nos vão ensinando a fazer das tripas coração para nunca (nos) perdermos.
1 comentário:
Jane, de novo cá estou eu! para te felicitar por tudo que escreves é perfeito e com sentimento! Parabéns por teres encontrado o teu Amor, não desistas! eu ainda ando há procura do meu! Felicidades Menina, pela tua escrita e por seres feliz.
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