Entristece-me que exista este abismo entre nós. Entristece-me que quatro anos de aventuras, viagens, lágrimas e risos simplesmente se dissolvam assim no tempo. Não sei de quem foi a maior culpa. Talvez esta balança não incline mais para um lado, mas ambas temos que admitir que foi de facto das duas (pelo menos das duas).
És finalista, tal como eu fui no ano passado, mas as coisas não se desenrolaram da mesma forma. Há um ano atrás eras uma das pessoas que eu de facto queria que estivesse lá, do meu lado, a partilhar comigo aquele momento que se iria tornar uma das melhores, mais ternurentas e, agora, mais amargas que sonharia ter. Foste uma das primeiras a assinar o meu lençol, a única que ocupou duas velas completas, de uma ponta à outra, cada milímetro ocupado por palavras que, relendo agora, me apertam o coração.
Tenho mesmo saudades tuas, nossas. Sei que já o disse antes, e odeio-me por não conseguir não me importar contigo, da mesma forma que eu sinto que o fazes comigo. Parecemos estranhas, e isso dói mais do que possas imaginar. Mas neste dia, ou melhor no teu dia de finalista, gostava de te dar um enorme abraço, dar-te os parabéns, e dizer-te que eu tinha razão, que tu ias conseguir, como nunca acreditaste. Queria poder chorar de alegria contigo, e voltar a fazer planos do nosso futuro, juntas, inseparáveis. Unha e carne. Tico e teco. Gostava de ter ido fazer um rally barracas contigo, apanharmos uma bebedeira enorme, e acabarmos a noite com um sorriso brilhante, feliz, inebriado a dizer que te adoro, e que nada nem ninguém nos irá separar nunca mais.
Mas palavras leva-as o vento, e de facto cada vez que fizemos essas promessas, elas foram sempre levadas.
Se calhar não estava destinado a ficarmos amigas para sempre. Se calhar estávamos destinadas a passar pela vida uma da outra, para nos ensinarmos, sem o saber, lições que com certeza virão a ser valiosas no futuro que se avizinha.
Mas pronto, lamúrias à parte, deixo-te na mesma os parabéns, e as maiores felicidades. Sempre acreditei em ti, e sei que vais sempre vencer. No matter what.
Força finalista, um óptimo futuro te aguarda.
2 comentários:
admiro o que escreve. e já adquiri o hábito de ler as tuas linhas. Não sei se tenho o direito sequer de opinar, mas existem pessoas que entram na nas nossa vida que passam por ela, para nos ensinar a crescer... quem sabe não foi o caso da minha leitora. Sim, digo leitora, porque já me sinto um Fá!Não se culpe, ninguém tem culpa do que acontece, é o acaso! Pense nisso e viva a sua vida o mais Feliz que puder!É o que lhe desejo Jane.um abraço e seja Feliz!
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