Fácil: S.João do Porto.
Primeiro, és arrastado(a) pela multidão. O espaço a que tens direito é pouco mais que o espaço que tu próprio(a) ocupas, chegando a um ponto em que os teus pés não tocam no chão.
Nos entretantos, tem imensa piada tentar deixa as pessoas carecas com marteladas. (Não me refiro a marteladinhas, refiro-me a marteladas com a parte do meio do martelo ou então aquelas dadas com tanta força que quase entras pelo chão dentro.)
De seguida, tentas passar para a ribeira, e aí uma cambada de anormais, filhos da
p*ta sem cérebro, com tanto álcool no sangue como dentes podres na boca, separam-te dos teus amigos, em mais um arrastão - não, não há mãos dadas que valham nestas ocasiões.
Por uma merdinha de nada começa uma cena de pancada e tu, sem culpa no cartório, levas uns quantos murros e cotoveladas no corpo.
Por intervenção divina, tens sorte que um dos teus amigos, ao voltar para trás à tua procura, consiga encontrar-te.
Respira fundo, acalma-te. O pior já passou. Agora, que já tens a noite estragada, vai para casa.
P.S. este foi o quarto ano consecutivo que fui para o Porto, festejar o S.João e nunca vi nada assim. A sério, parecia que toda gente tinha tomado ecstasy. De loucos. Fiz uma cruz: nunca mais lá volto!
2 comentários:
"Fiz uma cruz: nunca mais lá volto!" - tàméim num é caso pra tánto.
Agora mais a sério: essa história dos arrufos é coisa para não deixar uma pessoa bem disposta, bolas.
Quanto às marteladas, das observações que fiz, o número de arrefinfanços é exponencialmente proporcional à beleza do alvo. Acredita em mim. Pelo menos eu só levei uma martelada ou duas...
Como história pessoal, um dos momentos que recordo da noite: em descida até à Ribeira, em plena manada (imagine-se uma migração de búfalos, mas em pior) uma rapariga ao meu lado grita em pânico «Perdi uma sapatilha!». A minha reacção imediata (peço desculpa se fui frio e cruel): «Olha, diz-lhe adeus.»
Eu levei umas dez, essa teoria é refutável :)
Mas da ultima vez, roubei o martelo. Mais tarde, perdi o telefone...a noite foi longa!
Amo o meu Porto, amo a ribeira, mas odeio barulhos!
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