quinta-feira, 24 de março de 2011

Ontem, hoje, amanhã...depois.

Os dias passam a voar entre pétalas perdidas e folhas caídas.
(As memórias de ti arrastam-se pesadamente entre os restos de uma Primavera sem cor.)
O que era ontem já não sou agora, o que quererei amanhã será diferente do que quero hoje.
("[Meu] mal querer mais que bem querer")
O dia depois de amanhã aproxima-se a passos largos, envolto em névoas e
mistério. O tempo até ao futuro está a esgotar-se e eu não sei quem fui, quem sou, quem serei. As dúvidas assombram-me, os medos e os pesadelos sufocam-me, os sonhos dissolvem-se no ar como se fossem feitos de fumo. 
(Tu dissolves-te, levando contigo os meus castelos construídos no ar, o meu conto de fadas.)
O amanhã chega ainda mais rápido, num ritmo sufocante, embalado pelo tic-tac daquele maldito relógio (Tempo, volta atrás!) que não pára de me lembrar que o tempo não pára à minha espera, que tenho que correr para acompanhar o Tempo e não chegar amanhã arrependida por não ter decidido o que queria fazer hoje, diferente de ontem.