segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Reflexões nº6

A literatura fala de paixões avassaladoras, de amores eternos, de loucuras em nome desta simples libertação de hormonas. A música actual esmaga-nos com letras tristes de corações partidos, e de traições dolorosas.
Crescemos com histórias de encantar, com princesas apaixonadas e príncipes que juram amor eterno e um "happily ever after" a encerrar cada um desses contos de fazer bater mais forte o coração. A realidade mostra-nos um amor eterno com prazo de validade cada vez mais curto, com intrigas, com zangas, com lágrimas, com rompimentos feios e com uma passagem de 'Amo-te' a 'Odeio-te' mais rápida que a velocidade da luz.
É a Disney que nos engana aquando o nosso desenvolvimento físico e intelectual, iludindo as mentes ingénuas com amores impossíveis? Ou é o humano que complica tudo e mais alguma coisa?
É a literatura que usa e abusa de hipérboles ou é a realidade que nos bombardeia com disfemismos a todo instante, descredibilizando ao máximo o Amor?
Ou então não será tudo uma manha do corpo para "para garantir a procriação"?
As relações duram cada vez menos, há cada vez mais escândalos, cada término mais doloroso (ou será apenas um grande exagero, de forma a que mais alguém tenha pena do fim para além do próprio rejeitado?) e as duradouras são quase milagres, em que os protagonistas são parabenizados e colocados em pedestais (ou simplesmente tentam ajudar quem precisa de conselhos milagrosos...)
No meio de tanta confusão, ter-se-á perdido o dom de amar?
Haverá também o Elixir do Amor, competindo com o Elixir da Longa Vida pelo lugar de cura milagrosa mais procurada na vida contemporânea?
Se existe uma fórmula secreta, ou um segredo muito bem guardado, como foi descoberto por algumas pessoas e não por outras?





Ou então, o segredo não passará de algo tão simples como um slogan de telemóveis: "Descomplique!"?

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que é só para procriar...