segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Porquê que eu nunca me engano?
Está a chover, está frio, e tenho o coração ligeiramente magoado. após 9 meses, a coisa acabou. Eu digo a coisa, porque era mesmo uma coisa. Umas saídas juntos, umas noites juntos, uns cinemas juntos, umas tardes juntos. Mas, como é custume, sou gaja, e gaja ilude-se. Gaja apaixona-se verdadeiramente e acredita piamente que pode ser feliz nesta 'amizade colorida'. E eu era feliz! Ou se calhar fingia ser. O que é certo é que a coisa acabou. Ontem, depois de almoço, como uma bela sobremesa. Chorei baba e ranho, odiei-o, e voltei a gostar dele. Passei o dia com a minha mãe (nunca duvidem que ela é a melhor conselheira, é mesmo!), fiz um bolo de chocolate (o meu pai devorou quase metade, a minha mae tambem gostou, eu acho que ficou pessimo). Era para ir às compras com a minha mãe, mas voltei a chorar. Quase desidratei, a serio! Hoje acordei cedo, sem conseguir dormir mais do que as poucas horas que cai num sono leve. Sonhei imenso, que andava a sair com um grupo de hippies e que as empregadas da residencia puseram toda a gente a fazer limpezas, menos a mim e à V. Vá-se la saber porque. Fui a casa da F. busca-la, e viemos para a nossa bela cidade. Agora estou com ela. Ela esta a estudar, eu estou a queimar tempo para nao pensar no que nao devo. Ainda é tao cedo. A F. insistiu que ficasse cá a dormir. Ainda nao decidi sinceramente. Preciso de um banho quente, de relaxar. De dormir e só acordar daqui a uns milhoes de ano, quando ja nao houvesse humanidade e eu estive quentinha, adormecida no regaço de um Tiranossaurus Rex. Amanha tenho aulas às 9h, mas o pior ainda está para vir. Eu nunca me engano, infelizmente!
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3 comentários:
Cara J., “umas saídas juntos, umas noites juntos, uns cinemas juntos, umas tardes juntos” soa realmente a pouco para quem deseja construir algo mais que uma mera amizade colorida. Não pretendo, de todo, com este comentário ser lamechas, mas o amor (sim, existe!) alimenta-se de algo mais que, ou à partida brota logo entre duas pessoas ou, não vale a pena insistir muito porque a coisa não vai longe. Do facto de “ser gaja, e de se iludir” não discordo, porque também eu sendo “gaja (?)” (chamemos-lhe antes MULHER, não concorda?!) bati muitas vezes com a cabeça na parede, tropecei nas paredes, odiei as paredes… até ao dia em que descobri que as paredes eram necessárias para suster um tecto.
“O pior ainda está para vir”, mas ultrapassa-se… Provavelmente o que mais lhe custou foi “engolir” o seu orgulho, o sentimento que tinha perdido alguém para outro alguém, não? Sejamos altruístas meses depois (julgo eu) e vamos pensar que esse “traste” fez outra pessoa muito feliz e que é esse o lugar onde deve estar. No entanto, caso não tenha mesmo feito outra pessoa feliz, então provavelmente não “presta” mesmo e é um daqueles macacos que não assentam num galho. Ah, importante: não odeie duas as pessoas só porque se amam uma à outra e deu certo. Humm… penso que é tudo… quanto ao “Eu nunca me engano infelizmente” – eu também nunca me enganava e um belo dia enganei-me, quiçá à custa da tristeza de outra pessoa também *
Disponha sempre. Hasta :)
olá Anónima:) é verdade, e sendo este desabafo antigo (1 ano e qualquer coisa) desde aí ja aprendi muito. Pelo que me parece de facto agora está feliz e faz alguém feliz, o que acho óptimo, como comento às vezes, as pessoas mudam, e ele mudou muito.
O meu orgulho infelizmente não existia na data, porque cometi o maior erro que se pode cometer: passar-me para décimo lugar, sempre depois dele. Por isso quando acabou, eu não sabia bem quem eu era. Sentia que me tinha perdido a mim mesma, algo que me era vital. Felizmente foi passageiro!
Espero um dia também me enganar um dia, porque mesmo com muitas lutas contra paredes ainda não deixei de acreditar no Amor:)
Espero também me enganar um dia*
era o que queria dizer, ups!
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