Nunca me prometeste nada
Mas é a um qualquer fio de esperanças
Inventadas por mim num de tantos devaneios
Que continuo a segurar me
Nunca me deste nada
Mas é de alegres memórias falsas
Guardadas nos recantos dos meus anseios
Que o meu cérebro insiste em lembrar-me
Em cada olhar de ódio,
Em cada discussão e em cada grito,
Em cada puxão de cabelos,
Em cada murro e em cada pontapé,
Ela quis ver Amor.
Quantas mais mentiras lhe vais dizer
Quantos mais versos ela vais escrever
Quantas mais lágrimas vai derramar
Quantos mais abusos vai o coração dela aguentar
Até desistir de bater,
E parar ?
Dedicado a todas as mulheres que sofrem em silêncio.